domingo, 27 de março de 2011
Os grandes Violetistas – Kim Kashkashian
Kim Kashkashian nasceu a 31 de Agosto de 1952 em Detroit, Michigan, e é uma violetista Americana considerada das artistas mais talentosas da sua geração. Tem conquistado críticas elogiosas por todo o mundo.
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Kashkashian começou por tocar violino quando tinha apenas oito anos. Prosseguiu os seus estudos, optando por estudar viola no Peabody Conservatory com Walter Trampler e Karen Tuttle, tornando-se mais tarde sua assistente. Esta experiência como docente foi os alicerces de uma vida inteira dedicada ao ensino. Ocupou o seu lugar como professora em numerosas Academias e Universidades de grande renome.
A sua carreira do espectáculo, como a maioria dos violetistas, começou com a música de câmara. Mas, "a dado momento da minha vida percebi que se eu quisesse desenvolver as minhas habilidades de solista, eu precisava colocar-me debaixo de fogo. Foi assim que eu entrei em duas competições, o Lionel Tertis na Inglaterra e o Concurso ARD em Munique", obtendo o segundo e terceiro prémio respectivamente. Foi um grande passo para o reconhecimento do seu trabalho, acabando por ser convidada para gravar álbuns.
Kashkashian é uma intérprete de obras contemporâneas, estreando e gravando peças de novos compositores, ampliando assim, notoriamente, o repertório. Os seus álbuns ganharam prémios, nomeadamente Edison, em 1999 e o Prémio de Cannes de Música de Câmara, em 2000.
Em temporadas recentes, Kim Kashkashian tem sido solista com as principais orquestras de Nova Iorque, Berlim, Viena, Londres, Milão, Munique, Atenas e Tóquio, trabalhando com maestros como Riccardo Chally, Christoph Eschenbach e Riccardo Muti.
Kashkashian actualmente lecciona no New England Conservatory of Music em Boston.
EL
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Recentemente assisti a um concerto com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, em que Kim Kashkashian interpretou Neharót Neharót de Betty Olivero e Trauermusik de Paul Hindemith, sob a direcção de Carl St. Clair. Verdadeiramente surpreendente. Possui um enorme talento musical, uma enorme beleza sonora, uma capacidade artística impressionante. Foi um privilégio contactar pessoalmente com ela…
Ana Bela Chaves – Trio para piano, clarinete e viola («das Bolas»), em mi bemol maior (K. 498) I andamento, Andante – W. A. Mozart
Esta obra foi composta por Mozart, numa altura em que ele defronta grandes dificuldades. Alguns amigos vieram em seu auxílio: o clarinetista Anton Stadler, Michael Pughberg e Jacquin que o acolheu em sua casa; Compõe para eles algumas obras entre elas o Trio, chamado «das Bolas», assim chamado por ter sido escrito durante uma partida de bolas no jardim de Jacquin. Terá sido o próprio Mozart a estrear a própria obra, tocando viola d’arco, juntamente com os seus amigos.
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Toda esta obra é cheia de ternura, de poesia bucólica, renunciando ao virtuosismo, tornando os três instrumentos numa fusão muito próxima.
No I andamento, Andante (mi b maior), Mozart escolhe um carácter íntimo, docemente embalado em 6/8, que evoca as sombras e a frescura, num jardim Vienense. O primeiro tema com o seu gruppetto característico, é apresentado pelo piano e pela viola, sob forma de pergunta-resposta, em oito compassos; depois encontra a sua forma perfeita no clarinete, levando pelos arpejos do piano, que por sua vez se apodera dele, sobre os arpejos da viola. Após uma «ponte» modulante, sobre a cabeça do tema, aparece a segunda ideia cantada pelo clarinete, sobre apoio do piano. Volta de novo o piano a retomar este segundo tema, ornamentando-o com o gruppetto do primeiro tema. Este primeiro tema será retomado quarenta e uma vezes durante este andamento! Segue-se um jogo de modulações e a coda final.
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A obra que vos apresento, tem a dignidade de ser interpretada com músicos de nacionalidade portuguesa. Ao piano António Rosado, reconhecido nacional e internacionalmente, António Saiote no clarinete, que tem demonstrado um percurso musical relevante, e a nossa querida Ana Bela Chaves na viola, que tanto nos tem honrado no mundo musical. Espero que gostem!
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Toda esta obra é cheia de ternura, de poesia bucólica, renunciando ao virtuosismo, tornando os três instrumentos numa fusão muito próxima.
No I andamento, Andante (mi b maior), Mozart escolhe um carácter íntimo, docemente embalado em 6/8, que evoca as sombras e a frescura, num jardim Vienense. O primeiro tema com o seu gruppetto característico, é apresentado pelo piano e pela viola, sob forma de pergunta-resposta, em oito compassos; depois encontra a sua forma perfeita no clarinete, levando pelos arpejos do piano, que por sua vez se apodera dele, sobre os arpejos da viola. Após uma «ponte» modulante, sobre a cabeça do tema, aparece a segunda ideia cantada pelo clarinete, sobre apoio do piano. Volta de novo o piano a retomar este segundo tema, ornamentando-o com o gruppetto do primeiro tema. Este primeiro tema será retomado quarenta e uma vezes durante este andamento! Segue-se um jogo de modulações e a coda final.
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A obra que vos apresento, tem a dignidade de ser interpretada com músicos de nacionalidade portuguesa. Ao piano António Rosado, reconhecido nacional e internacionalmente, António Saiote no clarinete, que tem demonstrado um percurso musical relevante, e a nossa querida Ana Bela Chaves na viola, que tanto nos tem honrado no mundo musical. Espero que gostem!
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