sábado, 19 de fevereiro de 2011

Os grandes Violetistas - Ana Bela Chaves


De nacionalidade Portuguesa, Ana Bela Chaves nasceu em Lisboa, em 1952 e tem hoje 58 anos. É uma das mais prestigiadas intérpretes da actualidade.

Iniciou os seus estudos musicais na Fundação Musical dos Amigos das Crianças e terminou com distinção em 1967 o Curso Superior de Viola d’Arco no Conservatório Nacional de Lisboa, na classe do Prof. François Broos.

Frequentou vários cursos de aperfeiçoamento e foi premiada com distinção em concursos internacionais.
Foi chefe de naipe na Orquestra Filarmónica de Lisboa e na Orquestra Gulbenkian e, há mais de 29 anos, ocupa o lugar de Primeira Violeta Solista da Orchestre de Paris.

Apresentou-se como solista com diversos organismos sinfónicos e de música de câmara, a nível internacional, sob a direcção de prestigiados maestros.

Foi responsável pela primeira audição mundial de várias obras dedicadas a ela, nomeadamente Quatro Peças em Suite para violeta e piano, de Fernando Lopes Graça e Sonata para violeta e piano Op. 94, de António Victorino D’Almeida (obra dedicada também a Olga Prats).

Ana Bela Chaves foi distinguida com as condecorações de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (Lisboa, 1997) e de Cavaleiro das Artes e das Letras da República Francesa (Paris, 2001). O Sindicato dos Músicos de Portugal outorgou-lhe em 2001 o Diploma de Honra e Louvor Sindical.

M S

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Lionel Tertis - Sonata em fá menor (op. 120 nº1) - Johannes Brahms

Originalmente composta para clarinete e piano, a Sonata em fá menor, op. 120 nº1, foi transcrita pelo próprio Johannes Brahms para viola e piano, tornando-se num pilar do repertório para Viola d’arco.
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O áudio que vos apresento é uma versão muito antiga do I andamento desta sonata, numa interpretação do próprio Linel Tertis (1876 – 1975)
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É uma das maiores obras-primas, e de uma excepcional liberdade melódica.
O I andamento Allegro Apassionato, inicia-se com uma pequena introdução sobre um tema em oitavas no piano. Na exposição aparecem seis temas, revelando uma permanente invenção rítmica. O breve desenvolvimento utiliza somente um tema da introdução, abstraindo-se dos restantes. A reexposição, em contrapartida, é absolutamente clássica, com o regresso dos temas na sua ordem inicial, ganhando em energia e em cores épicas. Apresenta uma coda – sostenuto espressivo -, à parte uma escapada temática fora do comum, incluirá um tema inaugural, na doçura duma inconfidência.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Os grandes Violetistas - Lionel Tertis

Lionel Tertis (Violetista Inglês) nasceu em West Hartlepool, a 29 de Dezembro de 1876. Tertis começou aos três anos de idade a tocar piano. A partir dos doze anos, toca já a nível profissional, para poder pagar aulas de violino, que iniciara, e comprar mais tarde o seu próprio instrumento.

Proseguiu a sua formação na Royal Academy of Music, e continuou a trabalhar, desta vez como violinista.
Todavia, aos 19 anos, um outro estudante de violino da Academia, sugere a formação de um quarteto de cordas e convida-o para ser o violetista. Nesse momento, Tertis encontra o seu verdadeiro destino.
Tertis fica insatisfeito com o seu professor de violino, que não poderia ensinar-lhe a tocar Viola. Por isso, decide continuar a estudar por si mesmo, ouvindo os grandes músicos, e tornando-se praticamente autodidacta. O seu ídolo era Kreisler. Ele adaptou o vibrato de Kreisler à viola, mantendo os dedos da mão esquerda continuamente vivos, e praticamente sobrepondo o vibrato de nota a nota.
Rapidamente tornou-se num dos melhores violetistas do seu tempo, pelo seu virtuosismo e pela defesa da Viola d’Arco como um instrumento notável e imprescindível, viajando pela Europa e pelos E.U.A. como solista. Compositores como Arnold Bax, Frank Bridge e William Walton escreveram peças especialmente para ele.
Em 1902 passa a ser professor de viola na Royal Academy of Music. Foi premiado com o CBE em 1950 e continuou a tocar em público até 1963. Tertis foi autor de uma série de publicações, entre elas: “Minha Viola e Eu”, que escreveu quando tinha 97 anos.
Lionel Tertis foi o primeiro violetista que teve a coragem para alterar o estatuto da Viola d’Arco, e é graças a ele, que hoje em dia a viola é levada em consideração como um instrumento solista.
Lionel Tertis morreu aos 99 anos, em Wimbledon (Londres), a 22 de Fevereiro de 1975.
O “Concurso Internacional de Viola Lionel Tertis” foi criado em 1980, para honrar a sua memória.

MC