sábado, 17 de abril de 2010

Sua constituição



A viola é um instrumento formado basicamente por uma caixa com diversos componentes agregados ao seu corpo.

Voluta: tem uma função predominantemente estética. O estilo, em forma de caracol, dá à viola d’arco uma característica muito própria, como se fosse a assinatura do autor. Num instrumento de fábrica a voluta é feita por uma máquina copiadora, o que padroniza as suas formas. A voluta e as cravelhas compõem a “cabeça” da viola.

Cravelha: é uma peça de madeira que na sua extremidade se fixa a corda, e é usada para afinar o instrumento, girando-a a fim de esticar ou alargar a corda. Como todos os instrumentos de corda, a viola desafina com relativa facilidade, especialmente com mudanças de temperatura, ou em viagens longas, e principalmente quando as cordas são novas e precisam ser acomodadas.

Cordas: eram antigamente feitas de tripa de carneiro. Hoje são de aço cromado ou de material sintético, revestidas com uma fita metálica de alumínio, níquel, ou, as melhores, de prata. A afinação das cordas seguindo da mais aguda para a mais grave é Lá (1ª corda, a mais fina), Ré (2ª corda), Sol (3ª) e Dó (a 4ª corda, e mais grossa).

Braço: é a peça que estende as cordas para fora da caixa de ressonância (o corpo) do instrumento até a caixa de cravelhas, e suporta a tensão das quatro cordas.

F's: pela semelhança à letra efe, são as aberturas acústicas, os orifícios, que permitem os sons (vibrações), amplificados pelo corpo do instrumento, atingir o espaço externo e finalmente os nossos ouvidos.

Cavalete: também chamado de ponte, é a peça na qual se apoiam as 4 cordas. A parte inferior do cavalete - dois pequenos pés - fica apoiada no tampo harmónico da viola (tampo superior). Pequenas ranhuras no cavalete mantêm as cordas no lugar. O cavalete transmite as vibrações das cordas para a caixa de ressonância ou corpo da viola.

Micro-afinador ou Esticadores: é uma peça metálica que se prende no estandarte, correspondente às cordas. Possui um parafuso que ao girá-lo, permite precisão na afinação de cada corda.

Estandarte: suporta as cordas a uma determinada distância do cavalete, além de acomodar os 4 esticadores que auxiliam na afinação das cordas.

Botão: sustenta o estandarte e a tensão das cordas.

Pestana: geralmente são feitas de ébano ou de alguma madeira dura. A pestana possui ranhuras sobre as quais deslizam as cordas. A altura da pestana regular a altura das cordas sobre a escala.

Espelho ou mais vulgarmente denominado por Escala: é uma peça colada no braço da viola, servindo como base sobre a qual as cordas são pressionadas, o que ocasiona o seu desgaste. Com o uso formam-se sulcos que prejudicam muito o rendimento do instrumento. De tempos em tempos é necessário um alisamento da peça ou, eventualmente a sua substituição.

Costelas ou Ilhargas: são feitas de seis finas faixas de madeira (geralmente a mesma do fundo) e são moldadas em ferro quente formando as laterais do corpo do instrumento.



Tampo: esculpido em formato arqueado, o tampo é o responsável pela amplificação da vibração das cordas. Possui internamente a barra harmônica que vibra em ressonância com o tampo.

Barra Harmónica: é colada no interior do tampo, passando abaixo do pé do cavalete, do lado das cordas mais graves. Serve para reforçar o tampo devido à enorme pressão sofrida pelo instrumento na região do cavalete, distribuindo a vibração.

Alma: é uma peça de madeira cilíndrica que se encaixa, entre o tampo e o fundo, próximo ao pé do cavalete do lado das cordas agudas. Deve ter o comprimento certo para que se encaixe sem forçar o tampo e não caia ao alargar as cordas. Tem como finalidade favorecer a vibração do instrumento como um todo. Assim como o cavalete, a sua adaptação é crítica e influencia directamente na sonoridade do instrumento.

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