Durante muito tempo a viola d’arco teve uma importância reduzida, pois era prática corrente os compositores não escreverem nas partituras as vozes intermédias das suas obras, ficando esta tarefa a cargo dos copistas.
Na música orquestral este instrumento foi um elemento chave de preenchimento harmónico, servindo como um complemento à melodia. Um pouco como o sal na comida: não é o ingrediente principal, mas é sem dúvida indispensável. A viola era então reduzida ao papel de dobrar as outras vozes, até que Bach e Händel lhe começaram a confiar partes bem mais importantes. E com o passar dos tempos, cada vez mais os compositores evidenciaram o papel da viola nas partes orquestrais, tais como Elgar e Richard Strauss.
Também na música de câmara as partes de viola dos quartetos de cordas de Haydn e de Mozart testemunham já um grande desenvolvimento técnico. Mas foi sem dúvida em quartetos de Beethoven, Dvorák, Shostakovich ou Schoenberg que a viola obteve um papel bem destacável.
É com Carl Stamitz, compositor e violetista, que a viola começou a apresentar-se como instrumento solista, embora Telemann já tivesse composto o seu concerto para viola e orquestra. Foi então a partir do séc. XVIII que a viola começou a evidenciar-se a solo, posteriormente com compositores tais como Berlioz, Brahms, Max Reger, Glinka entre muitos outros.
O repertório da viola d’arco é igualmente enriquecido com muitas transcrições de obras escritas para outros instrumentos. Mas o poder expressivo da viola é notável, surgindo no séc. XX os grandes virtuosos, atraindo o interesse de muitos compositores. Entre os violetistas se destaca Lionel Tertis, como sendo o primeiro a elevar a viola d’arco a estatuto de solista, seguindo-se William Primrose. Este instrumento assistiu então ao seu período áureo na história da música com compositores tais como Walton, Bartók e Martinů, explorando os limites técnicos do instrumento ao máximo. Um outro compositor, destacado pela quantidade de obras-primas para a viola d’arco, foi Paul Hindemith. Sendo ele próprio violetista, realizou a estreias das suas obras.
Na última metade do século XX, continuou a ser produzido um repertório substancial de obras para viola. Muitos compositores, incluindo Schnittke, Sofia Gubaidulina, Kancheli e Penderecki, escreveram concertos para viola.
E chegamos ao séc. XXI! O repertório deste instrumento não ficou por aqui. Amanhã há mais!...
sábado, 8 de maio de 2010
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1 comentário:
=) Gostei muito!!!
Bom Trabalho!!! =D * * *
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